domingo, 14 de janeiro de 2018

O assassinato da Procuradora



No dia 2 de fevereiro de 2012, a polícia foi chamada em um condomínio de luxo na região metropolitana de Belo Horizonte. Era a residência da procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, 35 anos, que havia sido assassinada  pelo marido, Djalma Bugnara Veloso, de 49 anos.E também, era o dia do aniversário de 7 anos do filho mais velho do casal.
Uma semana antes, Ana Alice prestou queixa na polícia, afirmando que vinha sendo ameaçada por Djalma e pedindo proteção. A medida protetiva foi deferida no dia da tragédia.
Djalma chegou ao condomínio por volta das 20h30hs. Ana Alice estava em casa com os dois filhos e a babá.Segundo esta, ele já entrou transtornado, falando alto com a mulher. 
Ana Alice passou a gritar por socorro e pediu à babá que chamasse a polícia, dizendo que ia ser morta. A babá, então, trancou-se no quarto com as crianças, para protegê-las. As agressões de Veloso ainda levaram algum tempo, até que já não se ouviam reações de Ana Alice. Um tempo depois de os gritos cessarem por completo, a babá saiu do quarto. Encontrou a patroa deitada na suíte do casal, sobre uma poça de sangue.
Na madrugada do dia seguinte, Djalma foi encontrado morto em um motel, havia se suicidado.

Que sentimento é esse que leva uma pessoa, considerada educada, gentil, culta , bom pai e marido, a uma atitude dessa? Posso não saber o nome desse sentimento, mas com certeza, não é amor.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

CRIME DE EGOÍSMO

No dia 22 de  junho de 2017,Nathalie Salles, farmacêutica de 37 anos, grávida de 3 meses, sai do trabalho para encontrar  o dentista Thiago Medeiros, 33 anos, pai de seu filho e seu ex namorado. Nunca mais voltou.

O casal namorou até 2010, mas continuava tendo encontros eventuais, mesmo ele estando noivo de uma médica.

Uma semana depois, os restos carbonizados e sem dentes de Nathalie foram encontrados em Valença, cidade onde vivem os pais de Thiago.

A investigação determinou que a última vez que Nathalie foi vista viva, estava entrando no carro de Thiago e que ele queria convencê-la a abortar. O que ela não concordava.

Segundo as investigações, Thiago atraiu Nathalie, dizendo que assumiria a ela  e a criança.

 Thiago alega ter  deixado Nathalie no bairro do Flamengo, onde moram os pais dela.

Thiago não confessou, mas está preso preventivamente.

Que pessoa é essa que acha que o mundo gira ao seu redor? Que só as suas vontades devem ser respeitadas?
Thiago tinha todo o direito de não querer ser pai do filho de Nathalie, mas tinha a obrigação de não concebê-lo.
Quando agimos baseados somente pelos nossos instintos e vontades, temos que pensar que nossas atitudes têm consequências e que arcar com elas, pode não ser o que desejamos. 
Pobre Nathalie, pobre feto inocente, pobre dos famíliares de Nathalie e de Thiago.
Nessa história, a única beneficiada foi a noiva de Thiago, que se livrou de casar com um monstro.

sábado, 17 de setembro de 2016

ISSO É SER PAI?


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Na sexta feira, véspera do feriado de Tiradentes , no ano de 2009, o advogado e professor-doutor de Direito da USP (Universidade de São Paulo), Renato Ventura Ribeiro,39 anos, pegou seu filho, Luís Renato, de 5 anos, para passar o feriado com ele.

Os pais eram separados e o pai tinha autorização para ficar com o filho a cada 15 dias. 
O acordo era para que a criança fosse entregue no domingo,mas como tal não aconteceu, a mãe procurou a polícia. 

Após buscas pelo pai e pela criança, somente na quarta feira, ambos foram encontrados mortos com um tiro cada, pela faxineira do pai , no apartamento deste, na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo

Junto aos corpos, foi encontrada uma carta , onde o pai relata problemas de convivência da criança com a família da mãe e garante que no futuro, as datas comemorativas seriam de tristeza para o menino, e por isso, necessitava "abreviar-lhe o sofrimento".
 
Diz ainda que de todas as alternativas, essa foi a menos pior. E que pode ser resumida na maior demonstração de amor de um pai pelo filho.

Termina a carta dizendo:"Agora teremos liberdade, paz e poderei cuidar bem do meu filho."

Não consigo entender esse amor, aliás, acho uma heresia chamar esse sentimento de amor.
 Entender esse ato para mim é impossível, mas só posso acreditar que esse homem tivesse enlouquecido.

 Que pai, em sã consciência, tira a vida de um filho, tentando protegê- lo? Essa pobre criança precisava ser protegida desse homem, que se intitulava pai.
Pai não é aquele que protege a vida de um filho? 
Aquele que tira a vida de um filho não se chama pai, acho que poderia ser chamado de assassino cruel e covarde, mas nunca de pai.


terça-feira, 21 de junho de 2016

O médico e o monstro


Bernardo Boldrin, 11 anos, foi morto por injeção letal e teve o corpo enterrado perto de um rio | Foto: Reprodução


O menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril de 2014,em Três Passos, Rio Grande do Sul. De acordo com seu pai, o médico  Leandro Bol­drini, ele teria ido a uma  cidade próxima, com a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, para comprar uma TV.
Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado na zona rural do município de Frederico West­phalen, enterrado às margens de um rio, em um saco plástico. Segundo a Polícia, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal. A polícia prendeu o pai, a madrasta e a assistente social Edelvânia Wirganovic.
Segundo  investigações da polícia,  Leandro Boldrini e a mu­lher atuaram como mentores do crime e na ocultação do cadáver. Além de planejar uma história fictícia acerca do desaparecimento do garoto para se livrar da acusação.
 O  médico teria receitado Midazolam, um forte sedativo que se aplicado em grandes doses pode causar inconsciência, para que Graciele e Edelvânia, o aplicassem na criança..
Mais de 100 pessoas foram ouvidas em depoimento e confirmaram o descaso do pai e da madrasta com Bernardo.
A criança atrapalharia a relação do casal, que tinha um bebê. Constantes brigas aconteceriam na casa da família e a criança seria constantemente ameaçada de morte.
O garoto gostava de dormir na casa de amigos, não gostava de ficar em casa. Tinha dificuldades de aprendizado e escolhia como tema dos trabalhos escolares a família de amigos e até a secretária da clínica do pai. Em casa, ele era proibido de usar a piscina, de brincar com a irmã mais nova, de mencionar a mãe falecida. Não tinha janta, nem levava lanche para a escola. Ainda em 2014 chegou a pedir ao juiz para mudar de família.
E mesmo assim, essa criança ficou a mercê do pai e da madrasta.O mais cruel é que a avó materna queria ter a guarda da pobre criança, mas ela foi dada ao pai, que não abria mão da guarda. Não por amor a criança, mas pelo fato da pobre criança ser herdeira de uma quantia relevante.
É difícil e triste de acreditar que uma pessoa instruída, de posses, que alardeava seu amor ao filho, compactue com o mau trato e a morte do próprio filho. Pai não é aquele que defende e protege os filhos com seu amor incondicional? Esse senhor de pai não tem nada, mas de monstro, tem tudo. Ele só esqueceu de que o que aqui se faz, aqui se paga.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Assassinato em família

  Andreia Rosângela Rodrigues, 37 anos, era casada com o sargento da Aeronáutica Andrei Bratkowski Thies, 35,  desde 2000.
Gaúchos, os dois foram morar em Natal, junto aos pais dele.
No dia 22 de agosto de 2007, o marido deu queixa do desaparecimento da esposa.
Um mês após o desaparecimento de Andreia, o delegado prendeu Andrei Thies como principal suspeito no sumiço da esposa.
O marido negava ter matado a esposa. O corpo não havia sido localizado.
 Após quatro meses de investigações, a polícia escava o quintal da casa onde Andrei morava com os pais e encontra os restos mortais de Andreia.
Andreia foi assassinada no dia 22 de agosto de 2007, após dizer ao marido que iria sair de casa com a filha de um ano.
Em diversos depoimentos, testemunhas relataram os desentendimentos dela com a sogra e o sogro e, inclusive, brigas e agressões. Isso teria motivado Andreia a querer voltar para o Rio Grande do Sul, onde moravam seus familiares. No entanto, Andrei não permitiu e teria matado a companheira. Depois disso, o acusado teria colocado o corpo dela na geladeira e, na sequência, enterrado no quintal da casa dos pais, em Ponta Negra.
O crime teria sido executado pelo marido e o sogro de Andreia . A sogra, teria arquitetado o crime.
Todos foram condenados. Andrei a 18 , e seus pais, a 19 anos.
Da para enteder uma atitude dessa? Tem que ter uma mente doentia ou muito ódio para uma família inteira matar a esposa e a mãe da sua neta.
De amor, essa história não tem nada. Não há amor pela esposa, pela filha ou neta. Há somente um egoísmo imensurável.




sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Ana de Assis

 
Setembro de 1890. Aos 15 anos,Ana Emília Solon Ribeiro, casa- se com o escritor Euclydes da Cunha, a época com 24 anos.
Ao longo do casamento, teve 4 filhos com Euclydes, que vivia viajando por longos períodos, cobrindo a campanha de Canudos ou explorando a Amazônia, o que resultou na obra  Os Sertões, deixando sua jovem esposa sozinha com os filhos.
Anna, se envolveu com Dilermando de Assis, um jovem cadete de 17 anos, amigo de seu filho adolescente.
Quando chegou de viagem, após 13 meses, encontrou a esposa grávida.Obrigou- a a não amamentar a criança, fazendo com que morresse de inanição.
Traição perdoada, juras de fidelidade e novamente Ana engravida, dando a luz a uma criança loura numa família de morenos.
Em meio a brigas e desconfianças, o casamento foi se arrastando até que Ana resolve sair de casa com seus filhos para a casa do seu amante, que vivia com seu jovem irmão Dinorah.
Em 15 de agosto de 1909, Euclydes invade , armado, a casa dos jovens, atirando em Dilermando e seu irmão.
Mesmo ferido, Dilermando atira e mata Euclydes.
Dinorah fica paraplégico.
Ana se casa com Dilermano e tem mais 5 filhos, abrindo mão dos filhos que teve com Euclydes, que não podiam viver com o assassino do pai.
Em 1916, Euclides da Cunha Filho, 21 anos, atira em Dilermando, que mesmo ferido, o mata.
Mesmo assim, Ana continua a seu lado.
Em 1926, Ana tem 54 anos e Dilermano, 38 e ele a troca por uma mulher mais jovem.
Separados, Ana vai morar com seus filhos em Paquetá, no Rio de Janeiro, e nunca mais viu o marido, até a hora de sua morte, em 1951, quando ele foi visitá-la. Dilermano também morre no mesmo ano.
Não sei se essa é uma história de um amor muito grande ou de um enorme egoísmo.
Os filhos Euclydes, tiveram todos trágicos destinos: 2 foram assassinados, 1 morreu aos 4 anos e o caçula, que viveu em orfanatos, longe da mãe, morreu aos 30 anos.
Os de Dilermano tiveram melhor sorte.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Dos gramados a penitenciária

O ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio

Em 4 de junho de 2010, Eliza Samudio, juntamente com seu filho de 4 meses, desaparece após ir ao encontro  do pai do seu filho, o goleiro do Flamengo Bruno.
Bruno, casado a época, conhece Eliza, segundo suas declarações, em uma festa de orgia , no início de 2009. A partir daí,  iniciam um caso. Em maio, Eliza anuncia que está grávida.
Em outubro, grávida de cinco meses, Eliza registra queixa contra Bruno, na Delegacia de Atendimento a Mulher, no Rio de Janeiro, por tentativa de sequestro, agressão e ameaça, quando amigos de Bruno queriam obrigá- la a tomar abortivos.
A  polícia pediu medidas protetivas,  que impediam o goleiro de se aproximar 300 metros de Eliza e de sua família.
Bruno passou a ser investigado criminalmente e Eliza foi para São Paulo e ficou na casa de uma amiga.
Em fevereiro de 2010 nasce o filho de Eliza. Bruno não reconhece a paternidade e  ela move um processo na Justiça para Bruno reconhecer a paternidade do filho e pagamento da pensão.
 No dia 4 de junho , Eliza, após receber uma ligação de Bruno propondo um acordo financeiro, segue para o sítio de Bruno, em  Esmeraldas, Minas Gerais. A partir daí,  não entra em contato com mais ninguém.
Nos dias 24 e 25 de junho, a polícia recebe denúncias de que Eliza teria sido agredida, morta e o corpo enterrado em um sítio em Minas Gerais.
No dia 26 de junho , o bebê é  encontrado pela policia  em Belo Horizonte.
Após  investigações,  são indiciados amigos, primos e o próprio Bruno,  além de sua ex mulher.
Em 7 de julho  foi pedida a prisão preventiva de Bruno e mais sete pessoas e  a internação do primo de Bruno, menor de idade.
Em novembro de 2012, inicia- se o julgamento. Todos são condenados. Todos negam o crime e até hoje o corpo não foi encontrado.
Acredito que esse não seja um crime de amor e sim, um crime que envolvia sexo, drogas e, principalmente dinheiro.
Não acredito que nessa história ninguém fosse inocente,nem mesmo a vitima, que se gabava por ser "Maria Chuteira", mas isso não dava a ninguém o direito de matá-la. Principalmente o assassino, que fez o filho nela porque quis.
Vitima e inocente nessa história, só mesmo o bebê. Triste sina dessa inocente criança.