quarta-feira, 17 de junho de 2015

A justiça tarda, mas não falha

ReproduçãoReprodução
No dia 7 de novembro de 1970, Eduardo Gallo, procurador de justiça, suspeitando que sua mulher, a professora  Margot Proença, 37 anos, o estava traindo, marcou um encontro na residência do casal,  em Campinas ,convencendo-a a ficar a sós com ele para decidirem sobre a separação. 
Eram 16 horas quando ambos iniciaram uma discussão no interior do quarto do casal.
Sentindo-se traído e ultrajado,  o procurador desferiu onze facadas na esposa, matando-a na hora. 
Em seguida, deixou a residência dirigindo seu carro e levando a arma do crime. 
Ficou onze dias foragido e depois se apresentou à Polícia. Não foi preso.
No julgamento, foi absolvido.
Em 1989 Eduardo se suicidou.
O casal tinha dois filhos pequenos. A menina é hoje a atriz Maitê Proença.
Amor? Ciúmes?Posse? O que dá ao parceiro o direito de tirar a vida do outro por julgar ter sido traído?
Eduardo não foi punido pela justiça, mas parece que ele mesmo se puniu. Talvez não tenha conseguido conviver com a atrocidade do ato que cometeu por mais tempo do que já havia convivido.

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