
Em 4 dezembro de 2008, Humberto Campos de Magalhães, de 43 anos recebeu um telefonema do celular de seu filho caçula, de 17 anos, onde alguém dizia que o menino teria sofrido uma convulsão e forneceram o endereço onde ele poderia ser encontrado.
Desesperado, o pai sai a procura do filho, bate no endereço fornecido e não encontra o filho. Ao entrar no carro, um homem desce de uma moto e efetua dois disparos contra Humberto.
Humberto era alto executivo da Friboi, separado há quase um ano, dois filhos, vivia há cinco meses com uma nova companheira.
Inicialmente, as suspeitas recaíram sobre o filho caçula, já que a ligação havia partido do celular dele e ele não sabia explicar o destino do celular, além de não ter tido nenhum problema de saúde.No decorrer da investigação, chegou-se a Kairon Vaufer Alves, que estava de posse do celular utilizado para a emboscada.
Coincidentemente, Kairon é meio irmão de Giselma Carmem Campos Magalhães, ex mulher de Humberto. O irmão confessou o crime, mas acusou a irmã de ser a mandante.
Durante as investigações, descobriu- se que Humberto era mulherengo e Giselma muito ciumenta e possessiva.
É certo que Giselma casou - se com Humberto quando ele era pobre, que ela trabalhou muito para que ele pudesse estudar e crescer profissionalmente e que ele, apesar de dar a família todo o conforto material, a traía constantemente com mulheres mais jovens e bonitas.
Todas nós, mulheres, podemos entender o que é construir sonhos e planos com um homem, formar uma família e sentir a dor de ser trocada por garotas mais jovens. Mas isso justifica tirar a vida do outro?
Será que esse outro já não nos fez sofrer bastante ?Precisamos sofrer mais ainda ao carregarmos o fardo de uma morte? Em que a morte do outro alivia a nossa dor?
Será esse o caminho para a cura da dor ou para o sofrimento eterno?
A atitude de Giselma foi por amor? Claro que não. Foi por vingança e ódio, que são sentimentos bem próximos ao amor.
Em uma tacada só, Giselma conseguiu trazer sofrimentos eternos para ela, para os filhos, o irmão, os parentes do Humberto e ceifar a vida de um ser humano.
É claro que esse sentimento não pode ser chamado de amor.
Giselma foi condenada a 22 anos de prisão.
É tempo suficiente para se redimir de todo mal que causou?
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