A professora Lia Gomes, 26 anos, foi sequestrada na manhã de 1 de agosto de 2006 por dois homens em um Kadett , quando ia para o trabalho em Vilar dos Teles, no Rio de Janeiro e assassinada em uma estrada do bairro em Queimados.
Momentos antes do crime, Emerson Reinaldo Viana, 32 anos, sargento da marinha e ex marido da vitima, havia ligado para o celular da professora. Mas, segundo contou à polícia, foi só para fazer uma declaração de amor, já que estavam reatando o relacionamento.
Durante todo o tempo em que esteve no enterro da ex-mulher, Emerson Viana foi vigiado por policiais. Chorou muito sobre o caixão e colocou um buquê de flores, antes de se despedir da professora e confessar seu amor pela última vez.
Os policiais se infiltraram entre as 200 pessoas que compareceram a cerimônia e o prenderam ao final do enterro.
Em mais de cinco horas de depoimento, Emerson negou ter executado ou encomendado o crime. Emerson foi levado sob escolta militar para a Base da Marinha para ser detido.
No dia seguinte a mãe de Emerson, Solange Reinaldo Viana, foi a delegacia e confessou ter encomendado a morte da nora, juntamente com uma ex namorada do filho que contratou o matador por R$1.000,00.
A mãe alegou que a ex nora fazia o filho infeliz e que confessou porque o filho tinha sido acusado do crime.
Solange Reinaldo Viana, 62 anos, foi julgada e absolvida, mas o resultado foi anulado porque o advogado de defesa de Solange não poderia ter participado do julgamento. Um novo julgamento será marcado.
Dá para entender que uma mãe queira o melhor para os filhos, que queira que ele seja feliz, mas como entender que uma mãe tire a vida de uma mulher que ela não julgue ser a ideal para o filho?
Quem deu a ela o poder de decidir sobre a vida e as escolhas do filho?
Mais uma vez a mesma pergunta: Isso é amor?
Mais uma vez a mesma resposta: Não
Isso é egoísmo, é autoritarismo, é ser controladora, ditadora, achar que suas opiniões prevalecem a de qualquer outro ser.
Quem ama quer que o outro seja feliz, principalmente, se esse outro é nosso filho.
Podemos aconselhar, conversar, apoiar, mas não podemos viver a vida e as dores dos filhos.
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