terça-feira, 21 de junho de 2016

O médico e o monstro


Bernardo Boldrin, 11 anos, foi morto por injeção letal e teve o corpo enterrado perto de um rio | Foto: Reprodução


O menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril de 2014,em Três Passos, Rio Grande do Sul. De acordo com seu pai, o médico  Leandro Bol­drini, ele teria ido a uma  cidade próxima, com a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, para comprar uma TV.
Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado na zona rural do município de Frederico West­phalen, enterrado às margens de um rio, em um saco plástico. Segundo a Polícia, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal. A polícia prendeu o pai, a madrasta e a assistente social Edelvânia Wirganovic.
Segundo  investigações da polícia,  Leandro Boldrini e a mu­lher atuaram como mentores do crime e na ocultação do cadáver. Além de planejar uma história fictícia acerca do desaparecimento do garoto para se livrar da acusação.
 O  médico teria receitado Midazolam, um forte sedativo que se aplicado em grandes doses pode causar inconsciência, para que Graciele e Edelvânia, o aplicassem na criança..
Mais de 100 pessoas foram ouvidas em depoimento e confirmaram o descaso do pai e da madrasta com Bernardo.
A criança atrapalharia a relação do casal, que tinha um bebê. Constantes brigas aconteceriam na casa da família e a criança seria constantemente ameaçada de morte.
O garoto gostava de dormir na casa de amigos, não gostava de ficar em casa. Tinha dificuldades de aprendizado e escolhia como tema dos trabalhos escolares a família de amigos e até a secretária da clínica do pai. Em casa, ele era proibido de usar a piscina, de brincar com a irmã mais nova, de mencionar a mãe falecida. Não tinha janta, nem levava lanche para a escola. Ainda em 2014 chegou a pedir ao juiz para mudar de família.
E mesmo assim, essa criança ficou a mercê do pai e da madrasta.O mais cruel é que a avó materna queria ter a guarda da pobre criança, mas ela foi dada ao pai, que não abria mão da guarda. Não por amor a criança, mas pelo fato da pobre criança ser herdeira de uma quantia relevante.
É difícil e triste de acreditar que uma pessoa instruída, de posses, que alardeava seu amor ao filho, compactue com o mau trato e a morte do próprio filho. Pai não é aquele que defende e protege os filhos com seu amor incondicional? Esse senhor de pai não tem nada, mas de monstro, tem tudo. Ele só esqueceu de que o que aqui se faz, aqui se paga.