sábado, 26 de setembro de 2015

O caso Pimenta Neves

A jornalista Sandra Gomide, assassinada pelo ex-namorado, Pimenta Neves (Foto: Reprodução)Pimenta Neves chega ao Fórum de Ibiúna para prestar depoimento um mês após o crime (Foto: Caio Guatelli/Folha Imagem/Digital)
Em 20 de agosto de 2000 em um haras na cidade de Ibiúna,São Paulo, a jornalista Sandra Gomide,32 anos foi assassinada pelo ex-namorado e também jornalista, Antonio Marcos Pimenta Neves, de 63 anos, diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo.
No dia do assassinato, o dono do haras contou a polícia que Pimenta Neves passou o dia no local, indo embora a tardinha. Na estrada, reconheceu o carro de Sandra chegando ao local e voltou, foi até a ex-namorada e tentou uma conversa.
Os dois discutiram, Pimenta pegou Sandra pelo braço e tentou empurrá-la para o carro. Ela conseguiu se desvencilhar e correu, quando foi atingida por um tiro no meio das costas. Sandra caiu , o criminoso se aproximou e deu um segundo tiro no ouvido esquerdo da vítima.
Quinze dias antes do crime, Pimenta Neves invadiu o apartamento de Sandra, agrediu-a com dois tapas e a ameaçou de morte. A jornalista registrou boletim de ocorrência e o inquérito foi instaurado.
O julgamento só aconteceu em 2006 e a sentença judicial, 19 anos,só foi aplicada onze anos após o assassinato.
Saiu livre do Fórum, com direito a recorrer da sentença em liberdade.
No mesmo ano, o Tribunal confirmou a condenação e reduziu a pena para 18 anos e ordenou a sua prisão. Porém, um mês depois, um ministro do STJ manteve a liminar que mantinha Pimenta em liberdade.
Em 2008, ao julgar um recurso de anulação do julgamento, o STJ manteve a condenação e reduziu a pena para 14 anos.
Somente em 2011, o assassino foi preso. Ficou 2 anos preso e em 2013 passou para o semi aberto, por bom comportamento.
É essa a nossa justiça. 
Para ir para a cadeia ele é velho e doente. Para namorar e matar uma jovem 30 anos mais nova, não.
Durante  o julgamento ficou comprovado o comportamento possessivo do criminoso.
Ameaçou a vítima várias vezes, a prejudicou profissionalmente, usando de sua influência para impedir que ela arrumasse outro emprego, invadiu sua casa, tomou todos os presentes que havia dado e por fim, a matou.
Será que tudo isso é pouco para essa criatura apodrecer na prisão?
É essa a nossa JUSTIÇA.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A HONRA DO MACHO ALFA













No dia 30 de março de 1981, o cantor e compositor Lindomar Castilho, 42 anos, invadiu uma casa noturna paulistana no início da madrugada e matou a tiros Eliane de Grammont, 26 anos, mãe de sua filha, com quem foi casado por cerca de dois anos e de quem estava judicialmente separado desde junho do ano anterior.
 Segundo Lindomar Castilho, Eliane tinha um caso com um primo do cantor, que também saiu ferido do episódio.

Após os tiros, o cantor entrou em luta corporal com Carlos Landall, primo que o artista trouxera de Goiás e com quem compusera várias músicas. Randall foi baleado no estômago. 
Também ferido, Lindomar foi dominado e amarrado com cordas e autuado em flagrante.
Em seu depoimento, o criminoso argumentou motivo passional, alegando legítima defesa da honra, devido ao envolvimento da ex-mulher com seu primo.
Condenado, ficou somente sete anos preso.
Sete anos é o que vale a vida de uma mulher livre, cujo ex macho alfa tem o direito de se sentir traído, mesmo separado, e de tirar a vida de uma jovem mãe, que deveria ter o direito de sair com quem quisesse.
Que país é esse? Que leis sã essas?

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Quando o promotor senta no banco dos réus

Resultado de imagem para patricia aggio longo

No dia 4 de junho de 1998, Patrícia Aggio Longo, 27 anos e grávida de 7 meses, juntamente com seu marido,o promotor Igor Ferreira da Silva, 32 anos, retornavam para casa a noite, por uma estrada de terra em direção a um condomínio em Atibaia, a 64 km de São Paulo.
Segundo o marido, ele e a mulher foram abordados por um assaltante na entrada do condomínio.
O homem, armado, o teria obrigado a descer e seguiu com seu carro levando Patrícia, que mais tarde foi encontrada morta.
Igor foi condenado pela morte da mulher em 18 de abril de 2001, quando não compareceu ao julgamento. O ex-promotor sempre alegou inocência.
Condenado a 16 anos de prisão e a perda do cargo público, Igor ficou foragido por longos 8 anos e meio, até ser capturado em 2012.
Segundo a promotoria, o exame de DNA feito no bebê, acusou que ele não era o pai da criança e foram encontrados na casa do então promotor, cartuchos de balas iguais aos achados no carro em que Patrícia foi morta.
A defesa de Igor insiste que ele é inocente e que a polícia, por motivos não revelados, ignorou outras possíveis linhas de investigação.A família de Patrícia também não acredita em sua culpa, nem que ele não fosse o pai da criança.
Esse é um caso muito triste, em que não sabemos e nunca saberemos a verdade.Só a Patrícia e quem atirou sabem.
É triste ver a vida de um jovem casal promissor terminar assim.
Patrícia e o filho estão mortos. Igor, hoje preso, aos 49 anos, não é nem de longe a sombra do jovem brilhante  que foi.
Uma lástima.