Setembro de 1890. Aos 15 anos,Ana Emília Solon Ribeiro, casa- se com o escritor Euclydes da Cunha, a época com 24 anos.
Ao longo do casamento, teve 4 filhos com Euclydes, que vivia viajando por longos períodos, cobrindo a campanha de Canudos ou explorando a Amazônia, o que resultou na obra Os Sertões, deixando sua jovem esposa sozinha com os filhos.
Anna, se envolveu com Dilermando de Assis, um jovem cadete de 17 anos, amigo de seu filho adolescente.
Quando chegou de viagem, após 13 meses, encontrou a esposa grávida.Obrigou- a a não amamentar a criança, fazendo com que morresse de inanição.
Traição perdoada, juras de fidelidade e novamente Ana engravida, dando a luz a uma criança loura numa família de morenos.
Em meio a brigas e desconfianças, o casamento foi se arrastando até que Ana resolve sair de casa com seus filhos para a casa do seu amante, que vivia com seu jovem irmão Dinorah.
Em 15 de agosto de 1909, Euclydes invade , armado, a casa dos jovens, atirando em Dilermando e seu irmão.
Mesmo ferido, Dilermando atira e mata Euclydes.
Dinorah fica paraplégico.
Ana se casa com Dilermano e tem mais 5 filhos, abrindo mão dos filhos que teve com Euclydes, que não podiam viver com o assassino do pai.
Em 1916, Euclides da Cunha Filho, 21 anos, atira em Dilermando, que mesmo ferido, o mata.
Mesmo assim, Ana continua a seu lado.
Em 1926, Ana tem 54 anos e Dilermano, 38 e ele a troca por uma mulher mais jovem.
Separados, Ana vai morar com seus filhos em Paquetá, no Rio de Janeiro, e nunca mais viu o marido, até a hora de sua morte, em 1951, quando ele foi visitá-la. Dilermano também morre no mesmo ano.
Não sei se essa é uma história de um amor muito grande ou de um enorme egoísmo.
Os filhos Euclydes, tiveram todos trágicos destinos: 2 foram assassinados, 1 morreu aos 4 anos e o caçula, que viveu em orfanatos, longe da mãe, morreu aos 30 anos.
Os de Dilermano tiveram melhor sorte.