sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Ana de Assis

 
Setembro de 1890. Aos 15 anos,Ana Emília Solon Ribeiro, casa- se com o escritor Euclydes da Cunha, a época com 24 anos.
Ao longo do casamento, teve 4 filhos com Euclydes, que vivia viajando por longos períodos, cobrindo a campanha de Canudos ou explorando a Amazônia, o que resultou na obra  Os Sertões, deixando sua jovem esposa sozinha com os filhos.
Anna, se envolveu com Dilermando de Assis, um jovem cadete de 17 anos, amigo de seu filho adolescente.
Quando chegou de viagem, após 13 meses, encontrou a esposa grávida.Obrigou- a a não amamentar a criança, fazendo com que morresse de inanição.
Traição perdoada, juras de fidelidade e novamente Ana engravida, dando a luz a uma criança loura numa família de morenos.
Em meio a brigas e desconfianças, o casamento foi se arrastando até que Ana resolve sair de casa com seus filhos para a casa do seu amante, que vivia com seu jovem irmão Dinorah.
Em 15 de agosto de 1909, Euclydes invade , armado, a casa dos jovens, atirando em Dilermando e seu irmão.
Mesmo ferido, Dilermando atira e mata Euclydes.
Dinorah fica paraplégico.
Ana se casa com Dilermano e tem mais 5 filhos, abrindo mão dos filhos que teve com Euclydes, que não podiam viver com o assassino do pai.
Em 1916, Euclides da Cunha Filho, 21 anos, atira em Dilermando, que mesmo ferido, o mata.
Mesmo assim, Ana continua a seu lado.
Em 1926, Ana tem 54 anos e Dilermano, 38 e ele a troca por uma mulher mais jovem.
Separados, Ana vai morar com seus filhos em Paquetá, no Rio de Janeiro, e nunca mais viu o marido, até a hora de sua morte, em 1951, quando ele foi visitá-la. Dilermano também morre no mesmo ano.
Não sei se essa é uma história de um amor muito grande ou de um enorme egoísmo.
Os filhos Euclydes, tiveram todos trágicos destinos: 2 foram assassinados, 1 morreu aos 4 anos e o caçula, que viveu em orfanatos, longe da mãe, morreu aos 30 anos.
Os de Dilermano tiveram melhor sorte.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Dos gramados a penitenciária

O ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio

Em 4 de junho de 2010, Eliza Samudio, juntamente com seu filho de 4 meses, desaparece após ir ao encontro  do pai do seu filho, o goleiro do Flamengo Bruno.
Bruno, casado a época, conhece Eliza, segundo suas declarações, em uma festa de orgia , no início de 2009. A partir daí,  iniciam um caso. Em maio, Eliza anuncia que está grávida.
Em outubro, grávida de cinco meses, Eliza registra queixa contra Bruno, na Delegacia de Atendimento a Mulher, no Rio de Janeiro, por tentativa de sequestro, agressão e ameaça, quando amigos de Bruno queriam obrigá- la a tomar abortivos.
A  polícia pediu medidas protetivas,  que impediam o goleiro de se aproximar 300 metros de Eliza e de sua família.
Bruno passou a ser investigado criminalmente e Eliza foi para São Paulo e ficou na casa de uma amiga.
Em fevereiro de 2010 nasce o filho de Eliza. Bruno não reconhece a paternidade e  ela move um processo na Justiça para Bruno reconhecer a paternidade do filho e pagamento da pensão.
 No dia 4 de junho , Eliza, após receber uma ligação de Bruno propondo um acordo financeiro, segue para o sítio de Bruno, em  Esmeraldas, Minas Gerais. A partir daí,  não entra em contato com mais ninguém.
Nos dias 24 e 25 de junho, a polícia recebe denúncias de que Eliza teria sido agredida, morta e o corpo enterrado em um sítio em Minas Gerais.
No dia 26 de junho , o bebê é  encontrado pela policia  em Belo Horizonte.
Após  investigações,  são indiciados amigos, primos e o próprio Bruno,  além de sua ex mulher.
Em 7 de julho  foi pedida a prisão preventiva de Bruno e mais sete pessoas e  a internação do primo de Bruno, menor de idade.
Em novembro de 2012, inicia- se o julgamento. Todos são condenados. Todos negam o crime e até hoje o corpo não foi encontrado.
Acredito que esse não seja um crime de amor e sim, um crime que envolvia sexo, drogas e, principalmente dinheiro.
Não acredito que nessa história ninguém fosse inocente,nem mesmo a vitima, que se gabava por ser "Maria Chuteira", mas isso não dava a ninguém o direito de matá-la. Principalmente o assassino, que fez o filho nela porque quis.
Vitima e inocente nessa história, só mesmo o bebê. Triste sina dessa inocente criança.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

De cinderela a presidiária



No dia 19 de maio de 2012, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, um dos donos do grupo Yoki, foi assassinado  por sua esposa, Elize Araújo Kitano Matsunaga, 30 anos, que confessou tê-lo matado com um tiro na cabeça  e esquartejado  seu corpo.
Segundo depoimento da assassina, a motivação do crime foi a descoberta de uma relação extraconjugal do marido.
O casal chegou ao prédio onde morava, um triplex em São Paulo,  às 18h30  acompanhado da filha de um ano de idade, e da babá, que foi dispensada em seguida.
Por volta das 19h30min, Marcos desce até o térreo para buscar uma pizza, ele aparece nas imagens do prédio falando ao celular. Essa foi a última vez que foi visto vivo.
 No dia seguinte,  outra babá chega ao prédio. Elize desce por volta das 11h30min levando três mochilas e volta cerca de 12 horas depois, sem as mochilas.
Análises no apartamento mostraram que Marcos Kitano foi morto com um tiro na cabeça  e que seu corpo foi arrastado, dentro do apartamento, por 15 metros.
Segundo Elize, ela o esquartejou utilizando uma faca de 30cm no quarto da empregada,cerca de 12 horas depois do homicídio.
Durante o trajeto para abandonar o corpo, Elize foi parada pela Polícia Rodoviária Federal por estar com a documentação irregular. O corpo de Marcos se encontrava dentro das mochilas, que estavam no porta-malas do carro e não foram revistadas pelos agentes.
O corpo mutilado da vitima  foi encontrado dentro de sacos plásticos em Cotia, São Paulo.
 Elize era de uma família pobre de uma cidade do interior do Paraná, e foi criada pela mãe, empregada doméstica.
Aos 18 anos, se mudou para Curitiba, onde fez um curso técnico de enfermagem e passou a trabalhar em um hospital. Em seguida, se mudou para São Paulo, passou a trabalhar como prostituta, oferecendo seus serviços em um site de relaciomentos.
Marcos foi cliente de Elize,  enquanto  ainda era casado com sua primeira esposa. Se apaixonou por Elize, divorciou- se e casou com ela.
Em maio de 2012, Elize resolveu contratar um detetive particular por desconfiar que Marcos a estava traindo. Viajou para sua cidade natal  enquanto recebia as informações do detetive, que  fez imagens da traição do marido.Voltou no dia do crime.
Elize está presa, aguardando julgamento.
Essa é a típica história da Gata borralheira, mas que ao invés de virar cinderela, virou presidiária.
É difícil compreender que uma jovem bonita, que tinha uma vida difícil e passou a ter uma vida de princesa após o casamento, destrua a sua vida , a do marido, a da filha e a dos familiares de ambos, por um acesso de ciúmes.
Que amor é esse que passa por cima de tudos e todos ?
Não consigo entender isso como amor. Para mim, isso pode ter qualquer nome, menos amor.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Isabella Nardoni

Resultado de imagem para isabella nardoniResultado de imagem para ana carolina jatoba
Resultado de imagem para ana carolina jatobaResultado de imagem para isabella nardoni

A  menina Isabella Nardoni, com cinco anos, foi encontrada ferida, no dia 29 de março de 2008, após ter sido jogada do sexto andar, no jardim do edifício London,em São Paulo, onde moravam seu pai, Alexandre Nardoni e sua madrasta, Ana Carolina Jatobá.
A menina chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu a caminho do hospital.
O pai de Isabella afirmou em depoimento que o apartamento foi assaltado e a menina teria sido jogada por um dos bandidos.
Segundo seu depoimento, ele  deixou a mulher e os dois filhos do casal no carro e subiu para colocar Isabella, que dormia, na cama.
Desceu então,  para ajudar a carregar as outras duas crianças e, ao voltar ao apartamento, viu a tela de proteção cortada e a filha caída no gramado em frente ao prédio.
Entre o momento de colocar a filha na cama e a volta ao quarto teriam passado entre 5 e 10 minutos.
No decorrer da investigação, ficou provado que a tela  foi cortada  com uma tesoura da casa, que havia marcas de sangue no quarto da criança e no carro. Além de pegadas na cama, próxima a janela, compatíveis com o tamanho e o calçado do pai.
O casal foi a julgamento, sendo ambos condenados, o pai a 31 e a madrasta a 26 anos.
Essa é uma história muito triste, na qual uma criança inocente pagou com a vida pelo ciúme descontrolado de uma mulher e o desespero de um marido tentando proteger sua esposa.
Não estou aqui defendendo nem o pai nem a madrasta, até porque, esse crime não tem defesa, mas acredito que a madrasta, por ciúmes da mãe da menina, tivesse uma relação difícil com a criança , e a tenha agredido violentamente, levando o casal a acreditar que ela tivesse morrido.
O pai, na ânsia de proteger a família e, acreditando que a filha estivesse morta, tentou encobrir o crime da mulher.
Triste decisão a sua.
Com sua atitude, ele não protegeu a mulher, mas desprotegeu três filhos inocentes, além de causar um sofrimento eterno a mãe da Isabela e aos pais dos todos os envolvidos.
Com certeza, isso não é amor.